Publicado em 27/04/2022 às 9h30
por Redação
Alta da inflação e as incertezas geradas pela atual crise econômicas foram os fatores determinantes para o adiamento, por prazo indeterminado, do leilão que marcaria a concessão do Rodoanel Norte à iniciativa privada, uma das principais bandeiras da Gestão Doria/Rodrigo Garcia.
A sessão pública de abertura dos envelopes estava prevista para esta quarta-feira, 27 de abril, mas o governo paulista, por meio da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), recuou da decisão, optando pelo adiamento. “A exemplo do que acontece em concessões aeroportuárias e rodoviárias federais e estaduais em todo Brasil, o governo do Estado de São Paulo adiou o leilão de concessão do trecho Norte do Rodoanel devido às incertezas geradas pela grave crise econômica nacional”, cravou a Agência. Segundo ela, os principais entraves à retomada da obra são a alta da inflação da construção civil e a alta taxa de juros.
Ao que tudo indica, a expectativa de que o certame atrairia grandes investidores não se confirmou, comprometendo a realização do leilão nesta quarta. Com o atraso e sem um horizonte delineado, o objetivo de licitar o Rodoanel Norte ainda neste ano ficou mais distante. A pergunta que fica é a seguinte: quando as obras serão retomadas? Até então, a conclusão do trecho estava prevista para 2025 – lembrando que, inicialmente, o trecho seria entregue em 2016. E agora?
Concessão
A concessionária que vencer a licitação ficará responsável pela conclusão dos 15% restantes da obra, via Parceria Público-Privada (PPP), bem como pela operação e manutenção do Rodoanel. A concessão terá duração de 31 anos e o investimento previsto em contrato é de R$ 3 milhões. Para se ter ideia, desse total, cerca de R$ 1,7 bilhão será destinado à execução das obras remanescentes. Após a realização do leilão, haverá um prazo de 90 dias para a efetivação da assinatura do contrato. Depois disso, a concessionária terá seis meses para apresentar o plano de obras.
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