Publicado em 28/04/2022 às 9h40
por Redação
Muito se falou sobre a importância da implementação da ligação viária Pirituba-Lapa, a tão aguardada ponte da Raimundo. Alardeado como a solução que “resolveria” o trânsito caótico da zona noroeste, especialmente na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães e nas pontes da Anhanguera e do Piqueri, o projeto sumiu dos holofotes desde a paralisação das obras, em abril de 2020, em decorrência de uma liminar judicial obtida pelo Ministério Público por conta de irregularidades verificadas em sua licença ambiental.
De lá para cá, são dois anos de silêncio por parte da Prefeitura de São Paulo, que mesmo sem poder construir a ponte precisa custear os serviços de manutenção e segurança necessários para manter os canteiros em ordem. Para se ter ideia, ao longo desses dois anos de paralisação, foram gastos R$ 2,1 milhão para mantê-los assim, vazios e seguros.
A Ponte da Raimundo teve sua construção interrompida com 14% das obras concluídas e até o momento foram gastos R$ 32,4 milhões dos R$ 209,5 milhões previstos em contrato. Para contornar a paralisação, a administração municipal tenta retomar a obra, numa verdadeira luta judicial e contra o tempo, propondo um novo cronograma de execução: 39 meses de intervenções a contar da liberação do contrato. Falta agora é conquistar o aval da justiça.
Relembre
“A Prefeitura interpôs recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça e aguarda julgamento para retomada das obras. No dia 30 de dezembro de 2021, o Tribunal de Justiça determinou que seja realizada perícia técnica para análise dos documentos e da situação das obras, o que dará necessários subsídios para a futura decisão a respeito da continuidade das obras”, disse a Prefeitura, em nota, em dezembro de 2021.
Adicione Comentário