REGIONAL

Metrô de SP quer criar subsidiária para investir R$ 1,7 bi na linha 6

Ramal que ligará Brasilândia ao centro está com obras paradas há mais de 2 anos

Publicado às 9h45

Folha de SP

O governo João Doria (PSDB) quer abrir uma subsidiária do Metrô paulista para conseguir investir R$ 1,7 bilhão nas obras da linha 6-laranja, que deverá ligar a Brasilândia ao centro de São Paulo. O investimento deverá ocorrer enquanto o governo corre para aprontar outra licitação para finalizar o empreendimento.

A linha 6-laranja está com obras paradas há dois anos e meio, após as empresas que compunham o consórcio construtor, a Move São Paulo, ficarem sem financiamento por terem sido envolvidas na operação Lava Jato. Entre as empresas do consórcio estão Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia. A linha tem apenas 15% dos trabalhos feitos. Há mais de um ano, o governo paulista negocia a rescisão do contrato. Além disso, há uma disputa judicial entre a Move São Paulo e o governo paulista.

Anunciada em 2008, a linha 6-laranja foi celebrada como a primeira PPP (Parceria Público Privada) no país a construir e administrar uma ligação de metrô. Ela era prometida para 2012.

A ideia do governo Doria é inicialmente desapropriar o consórcio contratado para tocar as obras. Em seguida, uma futura subsidiária do Metrô assumiria o posto do consórcio. Assim, o Metrô poderia investir os cerca de R$ 1,7 bilhão que já estão depositados em uma conta da PPP (parceria público privada) e que estão congelados, já que o consórcio construtor não avança com os trabalhos.

Com o recurso, o governo espera reabrir canteiros de obras e ligar o tatuzão (espécie de escavadora gigante) que foi encomendado para a construção da linha. O governo estima que o dinheiro seja suficiente para até um ano de obras.

A meta não é terminar a obra, mas avançar a um ponto a partir do qual o Metrô poderá repassar a construção em um novo contrato a ser licitado. Assim, o governo paulista espera que a futura contratação seja menos custosa.

Essa é uma das três alternativas estudadas pelo governo Doria. As outras duas são a espera até a nova licitação de uma concessão ou a retomada completa das obras pela contratação convencional de empreiteiras e sem a entrada de capital privado.

Um marco nessa negociação é o mês de agosto desse ano, quando o contrato firmado com a Move São Paulo enfim será encerrado. Até lá, o governo estadual ainda trava uma negociação com o consórcio, na espera que ele concorde com o fim do contrato antes. Se isso ocorrer, o governo paulista poderia antecipar seu planejamento.

As construtoras dizem que o atraso na obra da linha 6-laranja se deu pela demora do governo em realizar desapropriações e indenizações aos donos dos imóveis que foram demolidos ao longo do traçado da linha.

A paralisação das obras deixou um rastro de imóveis abandonados, em ruínas ou terrenos baldios na zona norte e no centro da cidade.

A criação de uma subsidiária do Metrô para tocar a obra da linha só foi possibilitada após Doria assinar uma lei estadual no fim de março. A reportagem apurou que a mudança na legislação, em parte, foi feita justamente para que o Metrô pudesse entrar de forma mais efetiva na construção da linha 6-laranja.

 

Folha Noroeste

Somos o maior prestador da região Noroeste, com mais de 100 mil exemplares impressos a Folha do Noroeste tem se destacado pelo seu comprometimento com a Noticia e tem ajudado a milhares de pessoas a divulgar os problemas do cotidiano de nosso bairro.

Adicione Comentário

Clique aqui para postar um comentário

Instagram

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .

Video

Uniquely strategize progressive markets rather than frictionless manufactured products. Collaboratively engineer reliable.

Flickr

  • Jany
  • Staub
  • A kind of a map
  • Straight
  • Double
  • Dwntwn revisited
  • Apple
  • Repentir
  • Milch