Publicado às 12h
Com informações do Estadão
De cada dez reclamações recebidas pela Redação, pelo menos metade denuncia a triste existência de buracos nos bairros da zona noroeste. É uma demanda comum entre os leitores, motivada pela demora da Prefeitura de São Paulo, por meio de suas regionais, de resolver o problema rapidamente. O resultado é o surgimento de verdadeiras crateras no asfalto já deteriorado.
Antônio Pereira, de 86 anos, cansou-se disso e decidiu tapar com as próprias mãos um buraco em frente à sua residência, Rua Manuel Pinheiro, em Pirituba. Depois reclamar inúmeras vezes à Prefeitura e não ver resultado, o aposentado investiu cerca de R$ 130 para comprar quatro sacos de cimento e oito de areia. A primeira queixa ocorreu em agosto de 2017.
Mesmo com uma faixa ortopédica no pulso, após uma fratura mal curada, ele fez questão de preencher os três buracos localizados em frente ao portão de sua casa. Era um tormento tirar o carro da garagem. “Eles começam pequenininhos e depois vão aumentando”, conta Pereira. “Se eu não fizer, fica do jeito que está.”
O recapeamento começou na última quarta-feira, 23. Primeiro, ele limpa o local, lava com mangueira e, só depois, entra com argamassa e pedras. Ao final, nivela com a rua.
Embora saiba que há risco de ser multado, Pereira não desiste da empreitada. “Se eu não fizer, fica do jeito que está.”
A regional responde
Segundo a Prefeitura Regional Pirituba/Jaraguá, será realizada uma nova vistoria no local. Contudo, ainda não há data prevista devido à greve dos caminhoneiros.
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