Publicado em 17/03/2023 às 10h50
por Redação
Os moradores da Freguesia do Ó aguardam ansiosos pela inauguração da futura Linha 6-Laranja não só pela mobilidade, mas também pelo fim dos transtornos causados pela obra. Daqui a três anos, quando o Metrô estiver funcionando a todo a vapor, mais de 600 mil pessoas vão utilizá-lo diariamente. Mas, até lá, há muito solo a ser escavado, isso sem falar no vaivém de caminhões nas imediações das estações. Segundo relatos, imóveis da região estão sofrendo danos estruturais por conta das obras da Linha 6, sobretudo na Avenida Miguel Conejo.
Uma hamburgueria na região, que seria reinaugurada em fevereiro, acabou sendo interditada porque o solo do estabelecimento afundou. Também apareceram rachaduras em várias paredes e parte do teto caiu, o que levou a Defesa Civil a interditar o imóvel. O problema surgiu em 27 de janeiro e, de lá para cá, só tem piorado. Ainda na Avenida Miguel Conejo, a creche Maura Duarte Nuvens, da Prefeitura, teve o mesmo fim após surgirem rachaduras no prédio. Para os moradores e comerciantes locais, os problemas têm a ver com as águas subterrâneas que estão sendo retiradas para a passagem dos trens. “Eles falam que estão tirando a água para passar a tuneladora. Daí ficou oco e o solo assentou. Quando afundou teve todo o abalo das estruturas do prédio”, relatam os proprietários da hamburgueria. Um vizinho do estabelecimento é outro morador da Freguesia que teve o imóvel interditado por conta de rachaduras no muro e fissuras na edícula.
Reparos e monitoramento
Por conta das reclamações, a Acciona, que é responsável pela construção da Linha 6-Laranja, realizou inspeções prévias nos imóveis e deu início aos reparos. Segundo a empresa, não existe risco de novos danos, pois todos os imóveis estão instrumentados e sendo monitorados. “Para amenizar o desconforto, alguns tiveram que ser removidos de seus imóveis e neste caso receberam todo o apoio da empresa.”
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