Publicado em 31/01/2022 às 9h
por Redação
São Paulo, aniversariante que acaba de completar 468 anos, tem sido cenário de uma verdadeira ruptura visual, com obras a céu aberto que evocam uma cidade plural, feita por pessoas de diferentes origens. Além do simbolismo de cada pincelada, os murais hoje espalhados por diversas regiões da capital têm o objetivo de aproximar a população da arte, como num museu a céu aberto, sem fronteiras ou amarras.
É com esse sentimento de acessibilidade cultural que nasceu a plataforma MAR 360, o Museu de Arte de Rua de São Paulo, que permite ao visitante dar um giro pelas obras espalhadas pela capital, inclusive na zona noroeste. Por aqui, é possível conhecer o “Grafitaço Jaraguá”, mural grafitado nos muros e paredes do entorno da aldeia indígena Tekoa Pyau, no Jaraguá, que envolveu 12 artistas, entre indígenas e não indígenas. A ação questiona o “apagamento cultural”, ao mesmo tempo que resgata a cultura indígena, mostrando a diversidade da sua arte.
Ainda no Jaraguá, vale conferir o mural de Dinas Miguel, grafiteiro que sempre coloca em evidência o bairro e a cultural local, localizado próximo à Estação Jaraguá. O tema da vez é a pandemia.” Escolhi temas fortes, da nossa região, mas trazendo uma mensagem positiva de afeto, amor, paz e fraternidade.”
Já nos muros da Estação Pirituba da Linha 7-Rubi destaca-se o mural grafitado em homenagem aos profissionais de saúde que atuaram durante a pandemia, uma obra assinada pelo artista Bonga. Ele é conhecido por desenvolver projetos no grafite desde 2000, como arte-educador, em incentivo à difusão da cultura hip-hop e da arte urbana na região.
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