Publicado às 10h50
Por Cristina Braga
No último dia 27 de maio, o Clube Esporte São Bento, que já está sendo esvaziado, amanheceu com a placa da Prefeitura pendurada no portão, indicando que ali seria dado o “start” da nova ligação viária Pirituba-Lapa, cuja obra é esperada há 40 anos no bairro.
A primeira fase – iniciada agora – deve ser concluída em outubro de 2020 e contempla a construção da Ponte da Raimundo e obras de drenagem (com as alças já previstas). Já a segunda fase, que engloba a construção do corredor de ônibus da ligação viária, além do alargamento da passagem inferior (túnel) no gargalo da Lapa, deve começar em agosto e terminar em dezembro de 2021.
Por conta disso, o motorista deve ficar atento às alterações no trânsito local. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está monitorando a Marginal do Tietê nos dois sentidos, entre as pontes Ulysses Guimarães e do Piqueri, para as obras da futura ponte. Os responsáveis pela empreitada estimam um prazo de 18 meses para a conclusão das intervenções e de 36 meses para a finalização de todo o projeto viário.
As operações de acesso ao canteiro de obras ocorrerão de segunda a sexta-feira, das 10h às 15h, ocupando a faixa da esquerda da pista expressa nos dois sentidos da Marginal. Aos sábados, as ocupações parciais serão das 16h às 21h. Já a interdição das pistas expressas ocorrerá das 21h até às 4h do dia seguinte. Durante os fins de semana, a manobra funcionará das 21h dos sábados até às 12h dos domingos.
As datas e os horários de interdição poderão sofrer alterações em função do avanço das obras. Os trechos atingidos receberão sinalização de advertência de obras e regulamentação de velocidade máxima de 40 km/h. Embora receba o canteiro de obras em seu campo, o Esporte Clube São Bento continua aberto nas suas dependências sociais, utilizando a quadra, o salão de festas, os vestiários e a lanchonete.
Quanto custa?
Segundo os traçados da Prefeitura, a ponte terá início na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na altura do condomínio Projeto Bandeirante, e seguirá pela Vila Anastácio. Ela contará com mão dupla, ciclovia e faixa exclusiva para ônibus. O valor do contrato, englobando as obras viárias e de drenagem, é de R$ 198.911.424.16 milhões. Também está prevista a desapropriação de 45 imóveis no entorno ao custo de R$ 80 milhões – desse valor, R$ 3,3 mi já foram pagos, segundo a Prefeitura.
A origem dos recursos para a construção da ligação viária vem do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FUNDURB), que é vinculado à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Porém, não está descartada a verba proveniente da venda de CEPACs (títulos públicos) dentro da OUCAB (Operação Urbana Consorciada Água Branca), quando houver essa disponibilidade.
Sem as desapropriações, o total a executar fica em R$ 331, 8 milhões. Contudo, o valor total do empreendimento está estimado em R$ 386,5 milhões. Os cálculos da Prefeitura contemplam gastos com projeto, estudos, licença e compensações ambientais, fiscalização da obra, enterramento de redes, desapropriações e desvio de tráfego.
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