Publicado às 9h
Priscila Perez
O vírus da febre amarela causou a morte de um macaco no bairro de São Domingos, distrito da regional Pirituba/Jaraguá. Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), órgão ligado à Secretaria Municipal da Saúde, outros dois animais doentes – um sagui e um bugio – foram localizados nos bairros de Cangaíba e Parelheiros. A pasta já confirmou a morte dos três primatas em decorrência do vírus, totalizando 159 óbitos desde outubro do ano passado.
Para Wilson Pollara, secretário municipal da Saúde, os novos casos desmontaram que o vírus da febre amarela ainda está em circulação na cidade. “É imprescindível que quem ainda não se vacinou procure nossas unidades para estar protegido quando chegar o verão, época de maior atividade dos mosquitos transmissores”, alerta.
De outubro do ano passado até agora, a campanha de vacinação já imunizou 6,6 milhões de moradores, o equivalente a 56,8% do público-alvo. Para se vacinar, basta procurar o posto de saúde mais próximo e ter em mãos documento de identificação, carteira de vacinação e cartão SUS. A vacina está disponível até 30 de junho.
Parques fechados
Em outubro de 2017, os parques São Domingos e Cidade de Toronto, localizados na região noroeste, foram fechados para visitação. De lá para cá, com a ampliação da vacinação, os locais já retornaram à rotina normal.
Mosquitos e macacos
Assim como as pessoas, os primatas são vítimas dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que transmitem a febre amarela silvestre. Quando eles são infectados e chegam a morrer, servem como indicativo da circulação do vírus no local. O ser humano é contaminado acidentalmente, quando vai para áreas rurais ou silvestres. Portanto, os vilões da doença ainda são os mosquitos, que transmitem diversas doenças, não os macacos.
Febre amarela em São Paulo
Em 2018, a capital contabilizou 14 casos de febre amarela (contraída na própria cidade), autóctones em humanos, com sete óbitos. Outros 106 casos foram importados e registrados por aqui. Apesar dos números, a Secretaria da Saúde afirma que doença segue silvestre, sem transmissão urbana.
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