Publicado em 31/05/2022 às 9h40
por Redação
Durante a pandemia, as chamadas “dark kitchens” viraram um modelo de negócio promissor para muitos restaurantes, que no ápice do isolamento social se viram obrigados a fechar as portas para o atendimento presencial. Com o delivery em alta, eles passaram a investir em cozinhas compartilhadas e dedicadas exclusivamente a serviços de entrega. Entretanto, a solução de colocar até 35 cozinhas industriais em um único galpão, funcionando a todo vapor, tem gerado impactos negativos no entorno desses estabelecimentos.
As reclamações são muitas. Quem convive diariamente com as dark kitchens, como é o caso da Vila Romana e Leopoldina, reclama do excesso de gordura, fumaça e odor, isso sem falar na imensidão de motoboys que ficam aglomerados nas calçadas da região. De olho nisso, a Prefeitura de São Paulo encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que visa regulamentar a atividade, com regras que restringem o funcionamento durante a madrugada, da 1h às 5h, e o uso do passeio público.
Funcionamento regrado
Pelo texto, os estabelecimentos ficarão impedidos de utilizar as calçadas como local de carga/descarga ou ponto de espera de entregadores. Além disso, cada cozinha do complexo deverá ter um laudo técnico que comprove “a adequação do sistema de ventilação e exaustão”. O ruído gerado pelos equipamentos da cozinha, assim como pelos entregadores e suas motos, também será de responsabilidade do estabelecimento. O descumprimento das obrigações estará sujeito à fiscalização da Prefeitura, que poderá bloquear novos processos de licenciamento por cinco anos.
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