Publicado em 07/01, às 11h50
Por Priscila Perez
Em meio a questionamentos e acusações de brecha à ação de cartéis, a Gestão Doria adiou a licitação que selecionaria as sete novas empresas responsáveis pelo gerenciamento das 75 unidades do Poupatempo, distribuídas em todo o Estado, sendo uma delas no bairro da Lapa.
A concorrência está sendo realizada pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), que afasta qualquer suspeita de cartel. O adiamento, segundo a estatal, foi necessário para “evitar questionamentos sobre lisura e idoneidade”. Para se ter ideia, a licitação recebeu mais de 60 questionamentos e nove impugnações.
As vencedoras ficariam responsáveis pela limpeza e manutenção dos prédios onde funcionam as unidades do Poupatempo, principal vitrine da Gestão Doria. O serviço é conhecido por ser eficiente e desburocratizado. Entretanto, os contratos atuais estão prestes a vencer.
Cartel
Uma empresa de São Caetano do Sul, que já administra duas unidades, fez o principal questionamento. Segundo ela, a licitação beneficia a atuação de grandes construtoras e “cria condições favoráveis” para o surgimento de cartéis. Isso porque, de acordo com o edital, todas as 75 unidades foram divididas em sete lotes. Ou seja, cada empresa vencedora ficará com, ao menos, dez unidades do Poupatempo. Além disso, houve pouco tempo para a elaboração das propostas, já que a licitação foi lançada em 16 de dezembro.
A Prodesp, por sua vez, destaca que o modelo adotado garante “mais transparência e isenção”, além de ser reconhecido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
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