Publicado em 01/02/2022 às 9h40
por Redação/via Terra
Com as fortes chuvas dos últimos dias, os moradores dos bairros Jardim Vista Alegre e Jardim Damasceno, na Brasilândia, ainda tentam superar as perdas causadas pelas enchentes que alagaram as ruas da região, devido ao transbordamento dos córregos locais. Para se ter ideia, segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, a Defesa Civil foi acionada quatro vezes entre 17 e 20 de janeiro em razão de alagamentos no território da Subprefeitura da Freguesia.
O trauma de perder tudo foi revivido no dia 19 de janeiro, quando um novo temporal castigou a vizinhança. “Como posso definir esse dia? Foi bastante desesperador. Essa é a palavra. Porque a gente se preocupou em ajudar as pessoas e salvar o que fosse mais difícil de conseguir de novo”, relembra a dona de casa Arliene da Rocha Santos, 35. Moradora da Rua Ibiraiaras, que fica próxima ao Córrego do Bananal, Arliene conta que o volume de água no dia da enchente foi muito grande e rápido. “A água estava quase no pescoço, vinha do rio e do bueiro que não comportou. Perdi só o carro, mas muitas famílias perderam tudo. Algumas só conseguiram salvar documentos e roupas.”
Os moradores alegam que os serviços de manutenção dos córregos da região estão cada vez mais irregulares e que nenhuma assistência foi prestada após o ocorrido. “Toda chuva é preocupante, porque o nosso rio é aberto. A Prefeitura planeja cobrir e tirar as pessoas da beira do rio, mas só planeja e isso preocupa porque vem tudo para as casas”, conta Arliene,
No Jardim Damasceno, bairro vizinho, o córrego do Canivete também transbordou no dia 19. As ruas Talha Mar, Grumixá e Avoante, na entrada do morro, foram as mais afetadas. Além disso, um trecho da Avenida Deputado Cantídio Sampaio ficou alagado.
Prefeitura responde
Em nota, a Prefeitura informou que o Piscinão e Córrego Bananal contam com serviços diários de limpeza e manutenção. Mensalmente, somente do piscinão, são retiradas mais de duas mil toneladas de resíduos. Como forma de prevenção de enchentes, a administração regional disponibiliza também equipe para serviço de microdrenagem, conhecido popularmente como “tatuzão”, para desobstruir galerias pluviais e auxiliar no escoamento da água.
Em relação à assistência aos moradores, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social diz que foi acionada em 21 de janeiro para prestar atendimento após uma ocorrência de alagamento em residências – na altura do número 4.389 da Avenida Deputado Cantídio Sampaio. Lá, foram atendidas 29 famílias, totalizando 110 pessoas, que receberam oferta de acolhimento e os seguintes produtos: 110 colchões, 110 cobertores, 48 cestas básicas, 48 kits de limpeza e 110 kits de higiene.
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