Publicado em 26/11, às 9h50
Por Cristina Braga
A empresa espanhola Acciona deverá retomar as obras da Linha 6-Laranja do Metrô, paralisadas há dois anos, segundo o Governo de São Paulo. A companhia comprou parte do consórcio “Move SP”, que era o responsável pela construção. A futura linha vai da Brasilândia, na zona norte da cidade, até a Estação São Joaquim, na região central.
Até 9 de fevereiro de 2020, o Governo do Estado avaliará detalhadamente a compra do contrato pela Acciona, a capacidade técnica de tocar a obra e operar a linha, além de apresentar o novo cronograma. De acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, é preciso dar “anuência para que a transferência de posse seja feita para a empresa espanhola”. “A conclusão das 15 estações, que totalizam 15,3 quilômetros, ligando a Brasilândia até São Joaquim, deve ocorrer em até quatro anos após sua retomada”, disse. O ramal deverá transportar cerca de 650 mil passageiros diariamente. A empresa espanhola será a responsável por avaliar a qualidade das estruturas que já foram realizadas.
Imbróglio
A implantação da Linha 6-Laranja teve início em janeiro de 2015 e no ano seguinte, em setembro de 2016, por decisão unilateral, a Move São Paulo informou ao governo estadual a paralisação integral das obras civis, alegando dificuldades na obtenção de financiamento de longo prazo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), especialmente pelo envolvimento das empreiteiras brasileiras na Operação Lava Jato. O custo anunciado em 2013 era de R$ 8,9 bilhões, divididos entre Estado e concessionária. O Governo de São Paulo ainda desembolsou R$ 1,7 bilhão a mais, principalmente para desapropriações.
A Linha 6 será a responsável por fazer conexões com as linhas 1-Azul e 4-Amarela, do Metrô, e com a 7-Rubi e a 8-Diamante, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
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